Caiu sobre o senador Marcelo Crivella a dura incumbência de "desendiabrar" a figura de Dilma Rousseff entre os evangélicos para o segundo turno da eleição presidencial. No apagar das luzes de seu segundo mandato, saindo de cena com 70% de aprovação, o atual Presidente vê acontecer com a figura de sua candidata a sucessão na presidencia do Brasil aquilo que no passado aconteceu com ele próprio, a satanização sistemática e militante por parte de grupos cristãos.
A diferença é que no passado Luiz Inácio Lula da Silva (Garanhuns, 27 de outubro de 1945), mais conhecido como Lula. era um sindicalista, operário, e tinha apoio da Igreja Católica Romana. Principalmente da ala progressista de linha libertacionista, composta por leigos, religiosos, padres e até mesmo bispos adeptos da Teologia da Libertação. Lula assim como Marina Silva, candidata responsável por levar as eleições para o segundo turno, foram gerados nas CEBs - Comunidades Eclesiais de Bases. As CEBs eram organizadas nas regiões mais pobres das cidades, elas possuem suas existências intimamente ligadas a história do PT - Partido dos Trabalhadores, desde a formação do mesmo, há trinta anos. Marina Silva, ex-analfabeta, ex-seringueira, de origem católica chegou a desejar ser freira, também deu seus primeiros passos nas questões político-religiosas através das CEBs. Contudo, deixou o catolicismo e aderiu as Assembleias de Deus, igreja pentecostal na qual permanece atualmente. Denominação da qual, grande parte da liderança, mesmo tendo uma "irmã na fé" como opção na briga pela presidência do Brasil resolveu declarar apoio a candidata do outrora satanizado, Luiz Inácio Lula da Silva.
Os tempos mudaram, o ex-sindicalista virou presidente, a esquerda acabou deixando de ser tão de esquerda. O muro de Berlim caiu, a Teologia da Libertação perdeu forças. O Brasil já não é país católico majoritariamente, pois mesmo dentro do catolicismo romano, o pentecostalismo penetrou via Renovação Carismática Católica, com forte poder na mídia através da Rede Canção Nova de Televisão. Além de ter penetrado na ICAR o pentecostalismo e sua variante neopentecostal são as vertentes cristãs que mais alavancam o crescimento evangélico no Brasil, tais fatores desestabilizaram o catolicismo progressista lulista. E Lula apesar de ter assinado uma concordata entre Brasil e Vaticano privilegiando o catolicismo romano, praticamente restaurando-lhe as benesses anteriores a proclamação da República por seu apoio ao PNDH atraiu sobre sí a ira de bispos católicos, os quais abertamente orientam seus fieis a não votarem no PT.
A diferença é que no passado Luiz Inácio Lula da Silva (Garanhuns, 27 de outubro de 1945), mais conhecido como Lula. era um sindicalista, operário, e tinha apoio da Igreja Católica Romana. Principalmente da ala progressista de linha libertacionista, composta por leigos, religiosos, padres e até mesmo bispos adeptos da Teologia da Libertação. Lula assim como Marina Silva, candidata responsável por levar as eleições para o segundo turno, foram gerados nas CEBs - Comunidades Eclesiais de Bases. As CEBs eram organizadas nas regiões mais pobres das cidades, elas possuem suas existências intimamente ligadas a história do PT - Partido dos Trabalhadores, desde a formação do mesmo, há trinta anos. Marina Silva, ex-analfabeta, ex-seringueira, de origem católica chegou a desejar ser freira, também deu seus primeiros passos nas questões político-religiosas através das CEBs. Contudo, deixou o catolicismo e aderiu as Assembleias de Deus, igreja pentecostal na qual permanece atualmente. Denominação da qual, grande parte da liderança, mesmo tendo uma "irmã na fé" como opção na briga pela presidência do Brasil resolveu declarar apoio a candidata do outrora satanizado, Luiz Inácio Lula da Silva.
Os tempos mudaram, o ex-sindicalista virou presidente, a esquerda acabou deixando de ser tão de esquerda. O muro de Berlim caiu, a Teologia da Libertação perdeu forças. O Brasil já não é país católico majoritariamente, pois mesmo dentro do catolicismo romano, o pentecostalismo penetrou via Renovação Carismática Católica, com forte poder na mídia através da Rede Canção Nova de Televisão. Além de ter penetrado na ICAR o pentecostalismo e sua variante neopentecostal são as vertentes cristãs que mais alavancam o crescimento evangélico no Brasil, tais fatores desestabilizaram o catolicismo progressista lulista. E Lula apesar de ter assinado uma concordata entre Brasil e Vaticano privilegiando o catolicismo romano, praticamente restaurando-lhe as benesses anteriores a proclamação da República por seu apoio ao PNDH atraiu sobre sí a ira de bispos católicos, os quais abertamente orientam seus fieis a não votarem no PT.
Da ação dos"pentecostais" de dentro da Igreja romana unindo-se a grupos pentecostais de fora dela, somando-se a grupos evangélicais antipetista resultou a maior ação cristã organizada contra uma candidata dos ultimos tempos. O resultado desse "eixo cristão" contra a "candidata do mal" foi a postergação das eleições presidenciais para um segundo turno. As razões para tal repentinas unidade entre evangélicos e católicos se deve a propostas relacionadas aoPNDH, Plano Nacional de Direitos Humanos. Dentre tais propostas, as mais polêmicas são: descriminalização do aborto, bem como o apoio do PT a união homossexual.
No Brasil candidatos de esquerda sendo "demonizados" por líderes evangélicos há muito faz parte do cenário político religioso. E não é novo também o surgimento de pessoas do meio evangélico encarregadas de desfazer a impressão demoniaca que se tem de que tais candidatos entre os evangélicos. Geralmente tal tarefa é feita quando o outrora satanizado possui grandes possibilidades de ser eleito. Em 2002 os responsáveis pela "desensatanização" do Lula, atual presidente e mentor político de Dilma foram: o Reverendo Caio Fábio, e o bispo IURDIANO Carlos Rodrigues. Veja abaixo as declarações deles.
“Aproximei Lula dos evangélicos, os quais, durante anos, o chamavam de ‘diabo’. Muitas foram as oportunidades que criei para que ele tivesse a chance de se deixar perceber pela igreja”. — Confissão de Caio Fábio.[1]
“Temos a obrigação de entrar de cabeça na campanha do Lula… Vote em quem tem ética. Vote no PT”. — Declaração do Bispo Carlos Rodrigues.[2]
De uns pleitos para cá, em época de eleições, o tele-evangelista Silas Malafaia é uma figura certa tanto na mídia secular como na evangélica. Este ano ele certamente entrou para a história da Igreja Evangélica brasileira após usar o seu programa de televisão para retirar o apoio antes declarado a candidata Marina Silva. Marina Silva, assim como Malafaia também faz parte das Assembleias de Deus, maior denominação pentecostal brasileira. Silas alegou ter retirado o apoio de sua "irmã" na fé optando por José Serra, ao notar nela ambigüidade em relação a temas tais como o aborto. Veja o vídeo
Parece que mudar de opinião não é algo novo para Silas Malafaia. Vejamos um pouco do ocorrido em 2002.
Antes do segundo turno, Malafaia era contra LULA e apoiava Garotinho. Foi capaz até de mesmo de fazer a seguinte declaração em relação a Lula: “Como é que querem colocar para governar o Brasil um camarada que nunca dirigiu uma birosca, uma quitanda?” Porém depois do primeiro turno com Garotinho já for ado páreo, SILAS MALAFAIA foi um dos signatários do Manifesto dos Evangélicos, com as seguintes afirmações:
Apoiamos Lula para Presidente porque reconhecemos que várias propostas do seu Programa de Governo se identificam com a vocação profética da Igreja de Jesus Cristo. A defesa da inclusão social, dos oprimidos, da ética nas relações, da distribuição de renda e da proclamação e busca da justiça e da fraternidade entre as pessoas.
Este momento representa para nós a possibilidade de resgatarmos a denúncia contra o pecado social em que está mergulhado o nosso país. Infelizmente, muitos que chegaram ao poder deixaram escapar a oportunidade da proclamação do sofrimento do povo. E, o que é pior, fizeram mal uso do espaço político que lhes foi outorgado pelo voto, inclusive de irmãos evangélicos.
Uma outra razão para apoiarmos Lula é a experiência que comunidades evangélicas têm tido com administrações do seu partido, que têm sido verdadeiras parceiras na construção do nosso País. Essas experiências têm dado provas de que tais relações podem ajudar na viabilização dos nossos ideais, sempre na perspectiva do Estado laico e da autonomia das comunidades religiosas.
Por último, expressamos publicamente nosso apoio à candidatura de Lula para contrapor os maldosos e inconseqüentes boatos que têm levado alguns a entenderem que sua chegada à Presidência da República irá obstruir a caminhada das Igrejas Evangélicas.
Como cidadãos brasileiros temos a garantia constitucional da liberdade da expressão religiosa, do livre direito de culto e da pregação do Evangelho de Jesus Cristo em nossos templos, casas e espaços públicos. Essa garantia é plenamente respeitada nas cidades e estados administrados por prefeitos, prefeitas, governadores e governadoras dos Partidos que apóiam Lula. E ele tem primado por defender a liberdade e as garantias individuais e coletivas conquistadas ao longo da nossa história, sempre combatendo a discriminação e a exclusão social.
Rogamos a Deus que abençoe Lula, seu vice, José Alencar, e que dê a ambos graça, coragem e sabedoria para dirigirem o nosso Brasil. Amém“, (sic). FONTE do manifesto: "
A atitude malafaina neste pleito de 2010 é explicada nos vídeos abaixo, não se surpreenda se no futuro o bispo Edir Macedo tiver uma emissora evangélica concorrendo com sua Rede Record.
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